Em uma iniciativa que combina inovação, sustentabilidade e impacto social, a Acelen, empresa de energia renovável, anunciou o desenvolvimento do Acelen Agripark em Minas Gerais, um projeto focado na produção de biocombustíveis a partir da macaúba, planta nativa brasileira com alto potencial energético.
Localizado em uma área de 138 hectares, o Agripark terá setores dedicados à pesquisa genética, tecnologia de germinação e desenvolvimento de mudas e sementes, incluindo o uso de processos automatizados para redução de perdas e custos. Com o potencial de reduzir as emissões de CO2 em até 80%, esse biocombustível, que utiliza a macaúba como matéria-prima, promete ser uma alternativa ambientalmente responsável aos combustíveis fósseis. O projeto receberá um investimento bruto de R$ 314 milhões, dos quais R$ 258 milhões virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Agricultura familiar como parceira essencial
O cultivo da macaúba será realizado em uma área total de 180 mil hectares de pastagens degradadas, distribuídas entre Minas Gerais e Bahia. Em alinhamento com os princípios de sustentabilidade e desenvolvimento social, 20% dessa área será destinada a pequenos agricultores e produtores familiares, estimulando a inclusão econômica e a sustentabilidade. Essa parceria permitirá que a produção do óleo e seus derivados esteja atrelada ao fortalecimento socioeconômico local, com estimativa de geração de mais de 90 mil empregos.
Impacto ambiental e inovação tecnológica
Para além da produção de biocombustíveis, o Agripark se compromete com a preservação ambiental, dedicando 13 hectares à Reserva Legal e 41 hectares à Área de Preservação Permanente (APP). A empresa planeja transformar essas terras anteriormente degradadas em áreas produtivas, promovendo o sequestro de carbono e impulsionando o impacto socioeconômico.
Segundo o CEO da Acelen, Luiz de Mendonça, o projeto reflete a missão da empresa de liderar na transição energética e integrar o agronegócio brasileiro ao desenvolvimento de soluções sustentáveis. “Apostamos em um ecossistema robusto que une pesquisa e inovação para transformar a macaúba em um combustível renovável altamente eficiente, colocando o Brasil na vanguarda da energia verde”, afirma Mendonça.
Foco na produção sustentável de biocombustíveis
A Acelen Renováveis pretende construir uma unidade integrada em Camaçari, na Bahia, para processar o óleo da macaúba em biocombustíveis, com capacidade de produção de até 1 bilhão de litros anuais. Esses biocombustíveis serão “drop-in,” ou seja, podem ser usados em motores tradicionais sem necessidade de modificação, oferecendo uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis, especialmente para o setor de aviação.
A iniciativa da Acelen não só fortalece a agenda de biocombustíveis no Brasil, mas também oferece um modelo de crescimento sustentável com geração de empregos, inovação tecnológica e valorização da agricultura familiar, posicionando o país como um importante ator no cenário global de energia renovável.
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