O professor Durval Dourado Neto, titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), destaca-se como uma referência no desenvolvimento de tecnologias voltadas para a conectividade e sustentabilidade no setor agrícola.
Com uma carreira dedicada a pesquisas inovadoras, ele foi recentemente premiado pela Fundação Bunge de 2024 pelo impacto de seu trabalho na área de conectividade rural, reconhecendo sua contribuição para um setor agrícola mais moderno e interconectado.
Formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa e com especializações e pós-doutorado em instituições renomadas, como o International Centre for Theoretical Physics (ICTP) e a Universidade da Califórnia, Dourado Neto dedica-se a projetos que buscam ampliar o acesso à internet e à tecnologia nas áreas rurais. Em sua visão, a conectividade rural não apenas otimiza a produção agrícola e a gestão das propriedades, mas também transforma o ambiente rural ao possibilitar avanços significativos na educação, geração de emprego e preservação ambiental.
À frente do Grupo de Políticas Públicas (GPP) e do Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC), ambos vinculados à USP, o professor trabalha com uma equipe multidisciplinar para caracterizar as demandas de conectividade rural e fornecer subsídios importantes para o desenvolvimento de políticas públicas. Esses dados são utilizados pelo governo federal para ampliar a infraestrutura de internet no campo, facilitando o uso de ferramentas digitais e o acesso a insumos que potencializam a produtividade e reduzem custos operacionais no agronegócio.
Durval Dourado Neto ressalta que a conectividade no campo traz impactos profundos nas esferas econômica, social e ambiental. Por meio da inclusão digital, ele acredita que é possível criar um ambiente rural mais sustentável e competitivo, capaz de atrair novas gerações e melhorar a qualidade de vida das comunidades rurais. A ampliação da conectividade também facilita o monitoramento de recursos naturais e promove o uso mais eficiente de insumos, contribuindo para uma agricultura mais sustentável e menos impactante ao meio ambiente.
"Com o avanço dos estudos, é possível identificar as lacunas e contribuir para alternativas de aumento de produtividade, com menor impacto ambiental, maior geração de emprego e melhoria da educação e renda e, consequentemente, da qualidade de vida." - afirma o Coordenador do STAC e do GPP.
Seu trabalho, segundo o professor, vai além da geração de conhecimento técnico. Ele afirma que a premiação incentiva a continuidade de estudos que apresentam benefícios reais para a sociedade, promovendo uma transformação inclusiva no campo e fortalecendo a conexão entre o setor agrícola e as tecnologias digitais.
Este reconhecimento destaca a importância de uma agricultura conectada e moderna para o futuro do setor no Brasil, onde a conectividade rural emerge como um elemento-chave para a sustentabilidade e a inovação no agronegócio.