Estratégias intersetoriais e ampliação de políticas públicas fortalecem o combate à insegurança alimentar no país

O Brasil deu um passo decisivo para erradicar a fome com a aprovação do III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan) 2025-2027, publicado no Diário Oficial da União em 5 de março. O plano estabelece 18 estratégias e 219 iniciativas voltadas à garantia do direito humano à alimentação adequada, com o objetivo de retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2026.
A decisão foi tomada de forma unânime pelo Pleno Ministerial da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), reforçando o compromisso do governo na reconstrução das políticas públicas voltadas à nutrição e ao acesso a alimentos saudáveis.

"Esse plano representa um marco na luta contra a fome, garantindo que o direito à alimentação seja cumprido em todo o Brasil", declarou o ministro Wellington Dias, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Diretrizes e Principais Metas do Plansan
O III Plansan apresenta oito diretrizes estratégicas, abordando desafios como a alta dos preços dos alimentos, a fome em territórios vulneráveis e os impactos das mudanças climáticas.
📌 Principais pilares do plano:
✅ Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan);
✅ Acesso à renda e políticas públicas;
✅ Garantia de acesso à terra e à água;
✅ Promoção de sistemas alimentares resilientes;
✅ Ampliação da produção de alimentos saudáveis;
✅ Redução da má nutrição e incentivo à alimentação adequada;
✅ Foco em populações vulnerabilizadas; e
✅ Cooperação internacional baseada no direito à alimentação adequada.

"O plano mapeia todas as ações do Governo Federal para a segurança alimentar e busca integrar iniciativas, tornando-as mais eficazes", explica Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome.
Ação Multissetorial para Combate à Fome
Uma das inovações do III Plansan é a articulação de diversos programas já existentes, como:
🔹 Plano Brasil Sem Fome – Estratégia central do governo para erradicar a fome.
🔹 Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planab) – Expansão da distribuição de alimentos.
🔹 Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) – Incentivo à agricultura sustentável.
🔹 Plano Safra da Agricultura Familiar – Financiamento e suporte a pequenos produtores.
🔹 Programa Alimenta Cidades – Ampliação do acesso a alimentos saudáveis nas cidades.
🔹 Políticas para redução do desperdício de alimentos e combate à obesidade.
"A segurança alimentar exige uma abordagem ampla e integrada, e este plano fortalece a conexão entre diversas políticas públicas para alcançar os territórios mais vulneráveis", ressalta Valéria Burity.
Além disso, o plano prioriza regiões com alta vulnerabilidade, como a Amazônia, comunidades indígenas e população em situação de rua, garantindo que a erradicação da fome seja uma realidade para todos.
Caisan
A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) é a responsável por coordenar as ações do plano. Criada pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan) em 2006, a Caisan integra 24 ministérios e tem como missão assegurar o direito à alimentação adequada e erradicar a fome e a pobreza.
📢 Principais responsabilidades da Caisan:
✔️ Elaborar e monitorar a implementação do Plansan.
✔️ Coordenar ações intersetoriais para segurança alimentar.
✔️ Fortalecer políticas públicas de nutrição e combate à desnutrição.
✔️ Integrar programas voltados à agricultura familiar, abastecimento alimentar e nutrição.
Com a retomada dessas estratégias, o Brasil busca consolidar sua liderança no combate à fome e na garantia da segurança alimentar para toda a população.
O III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional marca um avanço significativo na luta contra a fome no Brasil. Com estratégias amplas, políticas integradas e foco em populações vulneráveis, o país reforça seu compromisso em assegurar o direito à alimentação e sair do Mapa da Fome até 2026.