top of page

Recuperação de pastagens degradadas pode contribuir para o compromisso climático do Brasil

Estudo avalia os impactos socioeconômicos, de mudança no uso da terra, de emissões de gases de efeito estufa e da recuperação de pastagens degradadas no país, avaliando a contribuição para os compromissos do Acordo de Paris no Brasil.


pastagens degradadas
Foto de Judit Imre - Unsplash

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) avaliou os impactos socioeconômicos sobre o uso da terra, das emissões de gases do efeito estufa (GEE) e da recuperação de pastagens degradadas no Brasil. O artigo revela que essa prática pode contribuir para os compromissos brasileiros no Acordo de Paris.


A pesquisa utilizou um modelo econômico de Equilíbrio Geral Computável para simular os efeitos da recuperação de pastagens entre 2015 e 2035. Os resultados mostram um aumento de 0,56% no Produto Interno Bruto (PIB) e um crescimento de 0,73% no consumo das famílias em 2035, em comparação ao cenário base. Além disso, a recuperação de pastagens pode gerar um retorno social significativo, de R$ 8,27 para cada real investido.


Os resultados regionais variam conforme o nível de dependência da pecuária. As regiões menos desenvolvidas e mais dependentes desta atividade seriam as mais beneficiadas, como o Centro-Oeste e os estados de Rondônia e Mato Grosso. Esses dados são essenciais para orientar políticas e incentivos à restauração de pastagens e auxiliar na tomada de decisão para o desenvolvimento sustentável da agricultura no Brasil. Adicionalmente, a recuperação de pastagens pode, ainda, impactar o uso da terra ao aumentar a produtividade na pecuária e ao gerar um efeito de economia de terras na ordem de grandeza de 1,15 milhão de hectares em 2035.


Mesmo com esses avanços, o estudo destaca que, até 2030, o Brasil ainda não atingiria a meta de redução de 50% das emissões de GEE estabelecida no Acordo de Paris. No entanto, a recuperação de pastagens poderia contribuir com até 5,7% dessa meta. A pesquisa reforça que a recuperação de pastagens é uma alternativa sustentável, capaz de promover crescimento econômico, evitar o desmatamento e mitigar as emissões de GEE.


Comentários


Inscreva-se na nossa newsletter

bottom of page